domingo, 29 de maio de 2011

O Brasil na Fossa

Mais uma vez comento sobre matéria publicada na revista VEJA edição nº 2.218 de 25 de maio de 2011, esta sob o titulo de "O Brasil na fossa"
Apesar do quadro estar sendo "pintado na côr cinza", acredito que a situação é ainda bem pior... A "coisa" na realidade é bem mais para "prêta" do que para "cinza".
No rodapé da revista o titulo de "As capitais da porcaria" o autor Marcelo Sperandio cita que "das 27 capitais brasileiras, somente sete têm mais de 80% dos seus domicilios conectados à rede".
Realmente são conectados à rede, só que a rede é de ÁGUAS PLUVIAIS e não de ESGOTO, daí de nada adianta a rede estar ligada a estações de tratamento de esgoto (ETE) pois a eficiencia é quase nenhuma.
Recentemente participamos como ouvintes de palestra proferida pelo Engº Sanitarista Mario Bandarra em auditório da Universidade Católica de Petrópolis e emiti meu parecer sobre sua exposição por e-mail que aqui transcrevo:

A palestra durou cerca de duas horas e a sala estava lotada.
A atenção era total, percebia-se pelo silencio na assistencia.
A palestra foi motivada pelo serviço encomendado pela AMACENTRO e o Instituto CIVIS sobre a ETE que está sendo construida em frente ao Hospital Sta. Tereza.
O Mario foi mais longe e pesquisou todo o sistema de tratamento de esgoto de Petrópolis, ele fez uma excelente pesquisa com fotos, filmes, documentos, e o resultado foi assustador.
A conclusão a que chegamos é que além de não existir um sistema de tratamento eficiente, este não tem apoio nas Normas Técnicas e é evidente que a contaminação existente nos rios da cidade está muito, mas muito longe de deixar de existir.
Pagamos por um serviço que comprovadamente é ineficiente.
Como se não bastasse, a própria emprêsa derrama o lodo resultante do “tratamento” no rio, fato este comprovado pelas fotos e filmes apresentados.
E pior ainda, apesar de ser evidente, basta parar junto ao rio e dar uma olhada nos tubos e suas conexões, todas as conexões da rede da empresa instalada nos rios onde encontram as redes oriundas das casas e prédios, têm a parte superior aberta para quando chover o excesso vazar para o rio, e como nossa rede é “mista”, águas pluviais e esgôto juntas, o que sai pelo “ladrão”, evidentemente não é apenas água de chuva...
Lamentamos a ausencia dos vereadores, exceto a do Ver. Marcio Muniz, único representante do Lesgislativo, a ausencia das autoridades Municipais, do Órgão fiscalizador, e principalmente dos representantes da Águas do Imperador com atuação na área de tratamento de esgoto, já que os únicos representantes presentes atuam na área de tratamento e distribuição de água, outro serviço executado pela mesma empresa mas que não era tema ou objetivo da palestra, pelo menos desta vez.
Abraços a todos
Paulo Vasques

Em Tempo: ACORDA PETRÓPOLIS!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário