domingo, 29 de maio de 2011

Esqueletos Urbanos

Excelente matéria de Caio Barretto Briso publicada na VEJA RIO de 18 de maio de 2011 com o título "Esqueletos urbanos".
Mostra o trabalho que está sendo realizado pela Prefeitura do Rio para reformar e adaptar 1.546 imóveis tombados que se encontram em ruínas, abandonados ou invadidos por mendigos.
Segundo o repórter "a Secretaria de Habitação se responsabilizará pelas obras de recuperação nos 150 imóveis mais relevantes historicamente e pretende atrair a iniciativa privada , mediante isenções fiscais, para levar à frente o restante do programa, que tem financiamento da Caixa Econômica Federal".
Serão construidas 31.000 novas unidades habitacionais e 930 comerciais, além de investimentos na infraestrutura urbana como iluminação pública e calçamento.
Por que não se copiam exemplos como este para Petrópolis, em vez de deixar que os casarões tombados se deteriorem culpando seus proprietários pela falta da manutenção?
Vamos ser realistas, é fácil para os Órgãos de preservação tombar os imóveis, para a Prefeitura ceder 50% do IPTU e deixar a grande despesa da restauração e da manutenção para o proprietário, como se todos fossem ricos e sobrasse dinheiro para tal.
É fácil culpar quem é vitima e deixar que seu patrimônio se deprecie a ponto de serem vendidos por valores muito aquém do valor real de um outro imóvel não tombado localizado na mesma região.
Por que não se toma a mesma atitude da Prefeitura do Rio e com planejamento urbano, estudo de viabilidade econômica, financiamentos, apoio técnico, e bons projetos, criem-se então possibilidades para reverter esse quadro deprimente que temos assistido diariamente em Petrópolis.
Basta um passeio pela Floriano Peixoto, pela casa Barão de Mauá, pela casa Franklin Sampaio, na Pça da Liberdade, a famosa "casa dos sete erros" na Ipiranga e outras sem nome mas tão importante quanto, cujos proprietários não têm mais de onde tirar recursos par manter esse patrimônio de pé, de forma que nós possamos nos orgulhar sempre quando da visita de turistas à Cidade.
Só investindo no progresso da cidade é que conseguiremos preservar nosso patrimônio.
Paulo Vasques

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